Ir até o fim, até às últimas consequências.
Não é só pelo arroz e pelo feijão.
É pela vida inteira: minha, sua, dos nossos filhos e das outras pessoas que amamos.
Estamos passando por momentos difíceis, a mente fica confusa, medo sim e medo não, medo às vezes. Medo.
Os donos do poder querem forçar a gente a se acostumar com a chibata, mas se a gente não se convencer que devemos nos levantar, seremos escravizados!
Luto diariamente com o meu medo, o frio na barriga, o medo quase me paralisa, “sem emprego como fica o meu filho?” É pessoas… Eles jogam baixo, com nossa força de trabalho, com nossos sonhos…
Mas os mártires e quem os conduziu para as grandes viradas da história, deixaram o medo de lado. Não foram sufocados por ele.
Nosso coração sabe, que o que querem fazer de nós é muito errado e a razão também, porém, a angústia das contas cotidianas e as preocupações imediatas, teimam em prevalecer sobre as outras coisas.
Mas ainda assim e por isso mesmo, devemos crescer sobre as ameaças e enfrentá-las. Temos que repetir todos os dias pra nós mesmos, que tudo dará certo, que essa luta por condições decentes de trabalho é só mais uma das constantes que temos todos os dias.
Tudo vai dar certo, estamos todos juntos e no mesmo barco. Devemos remar na mesma direção… Tememos por quem amamos, mas devemos lutar por eles também, pra que tenham suas dignidades respeitadas.
Rezamos pra Deus, pros deuses e pros santos, cada um com sua crença, os materialistas irão pela derrubada de classes. Cada um a sua maneira e todos com fé. De que essa batalha venceremos!