Há exatos 5 anos, te encontrei a primeira vez.
Mesmo que eu queira não dá pra esquecer. Como referência o primeiro encontro foi às vésperas do 7×1, olhando pra esse rio um filme passa em minha cabeça…
Você disse “come o peixe no tambor, o filhote, é um peixe muito bom”, após me comer no quarto do hotel.
Foi um dia memorável, passei a tarde passeando pela rua do Porto, vi o Engenho, o Museu da Água, comi o peixe (ótima sugestão a sua, o peixe era mesmo delicioso e sem espinhas), passei pelo estádio do XV e no cair da tarde voltei pro hotel, tomei banho e te esperei linda e radiante, até que você veio e me comeu mais uma vez.
Olho pro rio e me lembro das nossas juras eternas que duravam até o checkout, o gozo era verdadeiro. Comemos o fruto proibido e nos esbaldamos. As imagens vêm em flashs e loopings.
Como será que você está agora? Como seria nossa reação num reencontro, nas ruas da vida? Senti um arrepio porque não faço idéia de como seria revê lo, a essa altura do campeonato.
Você me marcou demais, me dei inteira, como nunca antes e você também se entregou completamente pra mim.
Olhar o rio me dá saudade desses momentos. Gostaria de tê lo visto e dito “estive aí e lembrei de você”, as coisas poderiam ter sido assim.
Até um tempo atrás eu quis reviver tudo; depois desejei ao menos ter conversado contigo, tomado uma cerveja descontraída, sem obrigação de repetir algo, rir e conversar. Mas preferiu fechar as portas.
Será que um dia as lembranças que tenho do que vivemos irão junto com as águas, rio abaixo? Só o tempo poderá dizer, por enquanto não passam…
