
Fez a limpa. Em muitas personalidades e em pessoas comuns, todas distintas para alguém em suas existências.
E hoje levou com ela o Walter Franco, o homem Cabeça. Ele partiu tranquilamente, disse a família. Como ele cantava no lindo estribilho “tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”. E assim foi.
Pegou seu barco, abriu a vela e ao seu lado foi A Ceifadora, rumo ao mar infinito…
A existência está expirando como um todo, não se trata apenas da morte da gente… Tudo tem morrido mais esse ano, pessoas, árvores, rios, peixes, ecossistemas, tem morrido a subjetividade, a inspiração e etc.
Não que não acontecesse antes, mas nesse ano é mais sentido e mais intenso. O fim de ano chegando mais uma vez, cada vez mais plúmbeo.
Morrem as cores; nas lindas maquetes dos projetos à venda predomina a palidez: branco e marrom, cinza e marrom, cinza e branco.
É a morte da subjetividade, ela é “subjersiva”. Sub-subjetividade, sub-subversiva, mesmo prefixo, palavras paralelas, meio irmãs de significado. Hoje em dia o que subjetivo é subversivo, contra a moral e a ordem.
A Morte tem frequentado muito 2019, se não causasse furor, a revista Time a elegeria “personalidade do ano”, porém a verdade dói demais e isso não acontecerá.