Dória oportunista também é tirano. Que ele não gosta dos trabalhadores estaduais todo mundo sabe.
O que ninguém sabe é que ele direciona todo este ódio e tirania, especificamente, aos metroviários.
No final de abril, a toque de caixa, o Metrô abriu o edital de venda da área em que está alocada a sede e área de lazer do Sindicato dos Metroviários. Com requisitos que claramente excluíam a participação da entidade entre os licitantes, a venda da área teve como objetivo desmobilizar o direito constitucional de livre associação dos Metroviários.
O Sindicato fica localizado no mesmo terreno, desde a segunda metade dos anos 80. O terreno pertencia ao Metrô, que sempre renovou a validade do TPU, nas últimas 3 décadas e meia. Houve melhorias feitas pelo sindicato durante esses anos de uso.
No dia 28/05, a empresa Uni28, de CNPJ aberto em 03/05/2021, cujo capital social é de R$10.000,00, comprou a área de 2500m², no valor de R$ 14,4 milhões de reais. Valor de venda com deságio de 100 mil reais da contra proposta inicial feita pelo Metrô.
A área tem valor avaliado em R$30 milhões de reais.
A empresa Uni28, na etapa de lances ofereceu menos de 12 milhões; na etapa de negociação aumentou a oferta, porém com o deságio informado acima.
A empresa Uni28 é subsidiária da empresa Porte Engenharia e Urbanismo, que tem 189 processos indexados no portal Jusbrasil. Boa parte deles de natureza trabalhista.
A empresa Porte é responsável pela construção do maior prédio residencial da zona leste, na região do Tatuapé. O projeto é polêmico e causa celeuma, porque o prédio de 49 andares, em fase final de construção, monopolizará grande parte da luz solar, numa área em que casas térreas e sobrados são predominantes.
O projeto foi aprovado em 2013; antes da implantação do atual Plano Diretor da cidade em 2014, que limitou a altura de edificações.
A área de lazer do Sindicato, que é um terreno desmembrado, teve sua licitação fracassada, por valor oferecido abaixo do que o Metrô queria.
Para Dória, os Metroviários são pedras em seus mocassins. Uma categoria que sempre lutou por seus direitos. É referência para outras, por ser muito unida e aguerrida. Nos últimos dois anos e meio tem sofrido duros golpes em sua mobilização, direitos, calotes em participação de lucro devida desde 2019 e adicionais de trabalho. Privatização de linhas, bilheterias, setores de manutenção e etc.
Até mesmo a empresa Companhia do Metrô está sendo dilapidada por esta direção que assumiu; indicada pelo desgoverno estadual.
Dória e seus asseclas querem apenas sucatear, precarizar e destruir o patrimônio público estadual. Seu desgoverno reduziu verbas orçamentárias para o transporte público sobre trilhos, além de ter extinto a EMTU, responsável pelos ônibus intermunicipais.
Dória, o alpinista político, o ladrão de sorrisos. Sempre que pode passa a boiada; seus planos foram desacelerados por causa da pandemia senão seria ainda pior a situação…
Pinheirinho 2021
Como retaliação à derrota por 11×0 no TRT, que determinou a manutenção do acordo coletivo dos Metroviários, o Metrô entrou com um pedido de reintegração de posse do Sindicato dos Metroviários, no dia 24/06, solicitando a desocupação da sede em 5 dias, sob pena de arrombamento e uso de força policial para o despejo.
Infelizmente o Termo de Permissão de Uso do terreno vence em outubro deste ano, o que favoreceu os planos destrutivos de Dória Escroque.
Assim como acontece com todas as ocupações urbanas: Trabalhadores sendo tratados como delinquentes para que a especulação imobiliária prevaleça, despejos traumáticos, anos de história demolidos.
E a imprensa que blinda há anos a dinastia tucana e suas investidas contra os paulistas.